Os principais fatores que afetam a fusão do vidro vão além da própria etapa de fusão, sendo influenciados por condições pré-fusão como a qualidade da matéria-prima, o tratamento e controle dos cacos de vidro, as propriedades do combustível, os materiais refratários do forno, a pressão do forno, a atmosfera e a seleção dos agentes refinadores. A seguir, uma análise detalhada desses fatores:
ⅠPreparação da matéria-prima e controle de qualidade
1. Composição química do lote
SiO₂ e compostos refratários: O teor de SiO₂, Al₂O₃, ZrO₂ e outros compostos refratários afeta diretamente a taxa de fusão. Um teor mais elevado aumenta a temperatura de fusão necessária e o consumo de energia.
Óxidos de metais alcalinos (ex.: Na₂O, Li₂O): Reduzem a temperatura de fusão. O Li₂O, devido ao seu pequeno raio iônico e alta eletronegatividade, é particularmente eficaz e pode melhorar as propriedades físicas do vidro.
2. Pré-tratamento em lote
Controle da umidade:
Umidade ideal (3% a 5%): Melhora a molhagem e a reação, reduz a poeira e a segregação;
Umidade excessiva: causa erros de pesagem e prolonga o tempo de clarificação.
Distribuição do tamanho das partículas:
Excesso de partículas grossas: Reduz a área de contato da reação, prolongando o tempo de fusão;
Excesso de partículas finas: Leva à aglomeração e à adsorção eletrostática, dificultando a fusão uniforme.
3. Gestão de cacos de vidro
O caco de vidro deve estar limpo, isento de impurezas e ter o mesmo tamanho de partícula da matéria-prima fresca para evitar a introdução de bolhas ou resíduos não fundidos.
Ⅱ. Projeto de Fornoe propriedades do combustível
1. Seleção de Material Refratário
Resistência à erosão em altas temperaturas: tijolos de zircônio de alta qualidade e tijolos de zircônio-coríndon eletrofundido (AZS) devem ser usados na área da parede da piscina, no fundo do forno e em outras áreas que entram em contato com o líquido de vidro, a fim de minimizar os defeitos na pedra causados pela erosão química e abrasão.
Estabilidade térmica: Resistir à flutuação de temperatura e evitar o lascamento do material refratário devido ao choque térmico.
2. Combustível e Eficiência de Combustão
O poder calorífico do combustível e a atmosfera de combustão (oxidante/redutora) devem ser compatíveis com a composição do vidro. Por exemplo:
Gás natural/Óleo pesado: Requer controle preciso da relação ar-combustível para evitar resíduos de sulfeto;
Fusão elétrica: Adequada para fusão de alta precisão (ex.:vidro óptico) mas consome mais energia.
ⅢOtimização dos parâmetros do processo de fusão
1. Controle de temperatura
Temperatura de fusão (1450~1500℃): Um aumento de 1℃ na temperatura pode elevar a taxa de fusão em 1%, mas a erosão do refratário dobra. É necessário um equilíbrio entre eficiência e vida útil do equipamento.
Distribuição de temperatura: O controle do gradiente em diferentes zonas do forno (fusão, refino, resfriamento) é essencial para evitar superaquecimento localizado ou resíduos não fundidos.
2. Atmosfera e Pressão
Atmosfera oxidante: Promove a decomposição orgânica, mas pode intensificar a oxidação de sulfetos;
Atmosfera redutora: suprime a coloração do Fe³+ (para vidro incolor), mas requer evitar a deposição de carbono;
Estabilidade da pressão do forno: Uma ligeira pressão positiva (+2~5 Pa) impede a entrada de ar frio e garante a remoção das bolhas.
3. Agentes clarificantes e fundentes
Fluoretos (ex.: CaF₂): Reduzem a viscosidade da massa fundida e aceleram a remoção de bolhas;
Nitratos (ex.: NaNO₃): Liberam oxigênio para promover o clarificação oxidativa;
Fluxos compostos**: por exemplo, Li₂CO₃ + Na₂CO₃, reduzem sinergicamente a temperatura de fusão.
IVMonitoramento dinâmico do processo de fusão
1. Viscosidade e Fluidez do Líquido Fundido
Monitoramento em tempo real utilizando viscosímetros rotacionais para ajustar a temperatura ou as taxas de fluxo, visando condições ideais de conformação.
2. Eficiência na remoção de bolhas
Observação da distribuição de bolhas utilizando técnicas de raios X ou de imagem para otimizar a dosagem do agente clarificador e a pressão do forno.
VProblemas comuns e estratégias de melhoria
| Problemas | Causa raiz | A solução |
| Pedras de vidro (partículas não fundidas) | Partículas grossas ou mistura inadequada | Otimizar o tamanho das partículas, melhorar a pré-mistura |
| Bolhas residuais | Agente clarificante insuficiente ou flutuações de pressão. | Aumentar a dosagem de flúor, estabilizar a pressão do forno. |
| Erosão Refratária Grave | Temperatura excessiva ou materiais incompatíveis | Utilize tijolos com alto teor de zircônia e reduza os gradientes de temperatura. |
| Estrias e defeitos | Homogeneização inadequada | Prolongue o tempo de homogeneização e otimize a agitação. |
Conclusão
A fusão do vidro resulta da sinergia entre matérias-primas, equipamentos e parâmetros do processo. Requer um gerenciamento meticuloso do projeto da composição química, otimização do tamanho das partículas, aprimoramentos do material refratário e controle dinâmico dos parâmetros do processo. Ajustando cientificamente os fluxos, estabilizando o ambiente de fusão (temperatura/pressão/atmosfera) e empregando técnicas eficientes de refino, a eficiência da fusão e a qualidade do vidro podem ser significativamente melhoradas, enquanto o consumo de energia e os custos de produção são reduzidos.
Data da publicação: 14 de março de 2025
